Supermemória

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Idosos com supermemória têm cérebro característico, diz pesquisa

 

Descoberta pode levar a novas estratégias para tratar demências.

 

 

Diante de um grupo de idosos com memória excepcionalmente boa, pesquisadores americanos da Universidade Northwestern resolveram tentar descobrir se o cérebro dessas pessoas tinha algo de especial.

Esse grupo, batizado pelos cientistas de “Superagers” (algo como Superidosos), é composto por pessoas com mais de 80 anos de idade que ostentam uma memória similar à de jovens com idade entre 20 e 30 anos.

O estudo avaliou os cérebros de 31 “Superagers”, que foram comparados com dois outros grupos: um composto por 21 indivíduos da mesma faixa etária com performance cognitiva normal e outro composto por 18 adultos mais jovens, entre 50 e 60 anos.

“Ou o cérebro dos ‘Superagers’ têm conexões diferentes ou têm diferenças estruturais em comparação a indivíduos normais da mesma idade”, diz Changiz Geula, um dos autores do estudo e professor do Centro de Neurologia Cognitiva e Doença de Alzheimer. “Pode ser um fator, como a expressão de um gene específico, ou a combinação de vários fatores que oferece essa proteção.”

Exames de imagem concluíram que os idosos bons de memória tinham uma região do cérebro chamada córtex cingulado anterior – indiretamente relacionada à memória – mais desenvolvida em relação aos idosos comuns e também em relação aos adultos mais jovens.

Os “Superidosos” também tinham 87{6d857a5eddbb2921316bbb2a854dfee372799a40158188d54804cd1fbb972595} menos emaranhados neurofibrilares, lesões associadas ao Alzheimer, em comparação ao grupo de mesma idade. Eles ainda apresentavam uma quantidade muito superior de neurônios conhecidos como von Economo, ligados à inteligência social.

“Identificar os fatores que contribuem para a capacidade incomum da memória dos ‘Superagers’ nos permite oferecer estratégia para ajudar a população crescente de idosos ‘nomais’ a manter sua função cognitiva e guiar terapias futuras para tratar certas demências”, diz a pesquisadora Tamar Gefen, também autora da pesquisa.

Fonte: G1

By |2018-06-24T17:17:39-03:0006/02/2015|Blog|0 Comentários