O Alzheimer é uma doença que provoca a progressiva deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio.
Dra. Lara Sepúlveda, geriatra do Instituto de Neurociências do Piauí.
Segundo Lara Sepúlveda, geriatra do Instituto de Neurociências do Piauí, o maior fator de risco do Alzheimer é a idade. Dessa forma, quanto mais avançada ela for, maior o risco de se desenvolver a doença. “Pessoas que têm parentes de primeiro grau com Alzheimer, têm o risco maior, mas isso é inversamente proporcional à idade da pessoa, ou seja, se você tem um parente que desenvolveu Alzheimer com 80 ou 90 anos, você tem uma associação genética menor. Mas se você tem um parente que começou antes dos 60 anos, o que a gente chama de pré-senil, a associação genética é muito maior e o risco também”, afirma a geriatra.
Apesar de não existir nada que possa prevenir o Alzheimer, estudos mostram que uma dieta saudável, atividades físicas, maior escolaridade e atividades de estímulo cognitivo fazem com que os sintomas da doença demorem mais para surgir.
“Atividades que tenham um estímulo maior da cognição, não são aquelas atividades do dia-a-dia que você faz rotineiramente que às vezes faz até automaticamente. Mas atividades que tenham algum grau de dificuldade, alguma coisa nova. Por exemplo, uma pessoa que não mexe em computador vai aprender a usar ou aprender uma nova língua que não conhece”, explica a especialista.
Para o Alzheimer não existe o tratamento curativo. As medicações utilizadas são sintomáticas. Elas tentam diminuir alguns déficits de neurotransmissores e assim estabilizar a perda cognitiva, desacelerar a perda de memória e tratar algumas alterações de comportamento associadas a isso. Entretanto, existem estudos (ainda não aplicados na prática clínica) que buscam um meio de tentar barrar a fisiopatologia que leva a morte neuronal associada a doença.
Ascom Instituto de Neurociências