Neurociências: Professores municipais participam de curso para combater dificuldade de aprendizagem

//Neurociências: Professores municipais participam de curso para combater dificuldade de aprendizagem

 

Professores e coordenadores da Rede Municipal de Ensino de Teresina participaram, nesta sexta-feira (25), de um curso no Instituto de Neurociências do Piauí, sobre o funcionamento do sistema nervoso e as principais doenças neurológicas que influenciam na aprendizagem. O objetivo é fazer com que os docentes aprendam a identificar os sintomas desses problemas e ajudem os alunos a se sobressair nas dificuldades impostas por cada patologia.

Síndrome de Down, epilepsia, déficit de atenção, dislexia e paralisa cerebral são algumas doenças neurológicas que influenciam na aprendizagem. O neurocirurgião Francisco Alencar, que ministrou o curso, afirma que, muitas vezes, o déficit neurológico acarretado por essas doenças podem ser confundidas com falta de interesse do aluno.

“Sabendo o que é e quais as características de cada doença, os professores terão como identificar sinais do problema e até orientar os pais e familiares sobre a procura por ajuda médica”, afirma Alencar. Segundo ele, é importante que os pais acompanhem o desempenho dos filhos na escola e fiquem atentos aos sintomas de dificuldade de aprendizagem, que podem sinalizar algum problema neurológico.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação de Teresina (Semec), atualmente, há cerca de 1.800 alunos com algum tipo de deficiência – neurológica ou não – matriculados nas escolas municipais. Teresa Fortes, chefe da divisão de Inclusão Social da Semec, afirma que a ideia do curso nasceu a partir da necessidade dos professores de se qualificar para melhor atender aos alunos especiais.

“É um direito das crianças e adolescentes com deficiência estarem matriculados nas escolas e o professor precisa desse tipo de orientação para saber lidar com esses casos e facilitar a aprendizagem”, diz Teresa Fortes. Segundo ela, participaram do curso os professores que fazem o Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Uma dessas professoras é Miriam Aires, que leciona há dez anos. “É angustiante para o professor quando o aluno não retém o conhecimento e a realidade é que muitos alunos com dificuldades de aprendizagem chegam às escolas sem um laudo médico que explique ao professor que ali há alguém que precisa de atenção especial”, afirma a professora.

O curso foi promovido pela Semec e teve carga-horária de quatro horas. O evento aconteceu no auditório do Instituto de Neurociências, localizado na zona Sul de Teresina.

 

By |2018-06-24T17:17:41-03:0025/04/2014|Blog|0 Comentários