Sintomas servem como alerta para a doença, diz pesquisa. Níveis altos de proteína associada também ajudam a piorar quadro.
O agravamento de sintomas da ansiedade em adultos mais velhos serve como um ‘aviso’ para o desenvolvimento do Alzheimer mais tarde, aponta pesquisa publicada nesta sexta-feira (12) no “The American Journal of Psychiatry”.
Cientistas observaram que quanto maiores os níveis de proteína associada à demência, a beta amiloide, mais significativos se transformavam os sintomas de ansiedade.
Essa proteína envolve neurônios e ‘atrapalha’ a comunicação entre eles – o que é um gatilho, por exemplo, para os característicos problemas de memória associados à condição.
Agora, pesquisadores da Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, também observaram que níveis elevados do composto piora sintomas neuropsiquiátricos.
Isso sustenta a hipótese de que o surgimento ou a piora de problemas de saúde mental representam uma manifestação precoce da doença em adultos mais velhos.
Ansiedade e depressão
Cientistas estudaram 270 homens e mulheres cognitivamente normais, entre 62 e 90 anos. Eles foram acompanhados por cinco anos.
Estudos anteriores já demonstraram, por exemplo, que a depressão é um preditor da doença, que tende a se desenvolver após 10 anos do agravamento dos sintomas.
O que os pesquisadores investigaram agora foi um traço específico da depressão – a ansiedade, que costuma vir associada à doença. O que ficou observado é que foi especificamente os sintomas ansiosos que estiveram mais relacionados à progressão da beta amiloide no cérebro.