O Acidente Vascular Cerebral (AVC), o aneurisma e os tumores estão entre as principais causas de morte no Brasil, atualmente. Além da prevenção, a universalização do tratamento para estas doenças é um desafio para mudar esta situação. Os avanços da neurocirurgia para atender os pacientes com este diagnóstico foram debatidos, neste sábado (18/05), em Teresina, durante uma conferência que contou com a participação de neurocirurgiões de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A primeira palestra do dia foi do neurocirurgião Eberval Gadelha, que é professor da Universidade de São Paulo (USP). O médico veio falar sobre o AVC e o aneurisma, doenças com grande incidência em todo Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2010, o AVC foi responsável pela morte de 99.726 pessoas, quase 15 mil a mais que no ano 2000. A doença é, atualmente, a principal causa de morte no país e o Piauí é 3º estado da federação em número de incidência de AVC, em que a taxa de mortalidade específica da doença fica em 64,5{6d857a5eddbb2921316bbb2a854dfee372799a40158188d54804cd1fbb972595}.
Gadelha esclareceu, entre outras coisas, como a nanotecnologia tem ajudado a medicina em vários casos e o alto potencial desta técnica para ajudar no tratamento de AVC. “Neste caso, ainda é algo que está em fase de pesquisa, mas o fato é que a medicina está sempre em busca procedimentos menos invasivos para ofertar aos pacientes”, diz o médico.
Os tumores cerebrais, malignos e benignos, foi outro tema abordado durante a conferência. O palestrante foi o neurocirurgião do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Antônio Aversa. Ele explicou que a maior parte destes tumores é desencadeada por alterações genéticas e que o envelhecimento da população tem favorecido a ocorrência de casos. “O desafio é universalizar o que há de mais moderno no tratamento destas doenças para todo o país, aumentando as chances de cura da população”, afirmou Aversa, ao comparar os procedimentos que foram apresentados durante a conferência.
Benjamim Pessoa Vale, neurocirurgião do Piauí e organizador do evento, falou da importância de promover esta troca de experiências. “Este intercâmbio de ideias e conhecimento gera crescimento para todos os envolvidos. É uma forma de saber como estas doenças, que são tão recorrentes no país, vêm sendo tratadas em outros centros”, declarou Benjamim.
A realização da conferência é parte das comemorações pelos três anos de funcionamento do Instituto de Neurociências do Piauí. Médicos e enfermeiros, além de outros profissionais e estudantes da área da saúde, participaram do evento.