Cerca de 30 estudantes e profissionais de Teresina estiveram reunidos, na noite dessa sexta-feira (9), na abertura do curso “A atuação fonoaudiológica em disfagia orofaríngea no ambiente hospitalar”, que acontece no auditório do Instituto de Neurociências do Piauí. As aulas seguem até domingo (11) e são ministradas pelo fonoaudiólogo Cleyton Amorim, que é especialista no tema.
O curso tem o objetivo de demonstrar os procedimentos a serem adotados pelos fonoaudiólogos no atendimento hospitalar às vítimas de disfagia, que é uma disfunção que dificulta o processo de deglutição de alimentos e saliva. Segundo Cleyton, o número de pacientes tem crescido nos hospitais, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e o sucesso do tratamento requer a atuação de uma equipe multiprofissional.
“O papel do fonoaudiólogo nestes casos é atuar para diminuir as chances de o paciente apresentar complicações respiratórias e fazer com que ele tenha mais qualidade de vida”, explica Cleyton. Sem o tratamento adequado, a disfagia pode desencadear morte por asfixia
Ele reforçou, também, que alguns sintomas podem identificar a disfagia, como a tosse, dificuldade ou dor ao engolir o alimento. O envelhecimento e a ocorrência de doenças neurológicas, especialmente o Acidente Vascular Cerbral (AVC) e o Mal de Parkinson, podem ter como seqüela a disfagia.
Cleyton Amorim é professor, coordenador do Serviço de Fonoaudiologia e videofluoroscopia da deglutição dos hospitais UDI e São Domingos (MA), além de especialista em disfagia e motricidade orofacial.
Para a fonoaudióloga Socorro Valle, da organização do curso, a iniciativa foi positiva. “O número de inscritos superou as expectativas, o que mostra o interesse dos profissionais do Piauí em se qualificar e melhorar o atendimento ofertado”, finalizou Socorro.