Tempo seco pode acarretar problemas de saúde

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A combinação da baixa umidade e das altas temperaturas tem castigado os teresinenses nas últimas semanas e a tendência é piorar até o final do B-R-O-BRÓ, período mais quente do ano na capital piauiense, que envolve os meses de setembro, outubro e novembro. O sistema respiratório é um dos que mais é afetado pela situação e médicos orientam algumas precauções para minimizar os efeitos do calor no organismo.

Nesta semana, Teresina registrou a temperatura mais quente do ano, chegando aos 40°. Já a umidade relativa do ar – que nada mais é do que a quantidade de água presente na atmosfera – está em torno de 20{6d857a5eddbb2921316bbb2a854dfee372799a40158188d54804cd1fbb972595}, quando o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 30{6d857a5eddbb2921316bbb2a854dfee372799a40158188d54804cd1fbb972595}. A otorrinolaringologista Sílvia Bona explica que, entre outros problemas, o tempo seco pode acarretar o ressecamento das mucosas, a redução da lubrificação da via aérea, rouquidão, o agravamento de quadros alérgicos e até mesmo a desidratação.

“O tempo em Teresina favorece o ressecamento do trato respiratório, às vezes chegando até a arder; o nariz pode ficar entupido com mais facilidade e a entrada de vírus e bactérias também é facilitada, resultando em uma maior frequência de infecções respiratórias”, destaca Sílvia Bona.

A médica reforça, ainda, que crianças, idosos e pessoas que usam medicamentos diuréticos estão mais propensos aos problemas causados pelo tempo seco e pelas altas temperaturas. “Esses grupos certamente sofrem mais porque neles os mecanismos de alerta para a desidratação podem falhar. As crianças têm outro agravante: se distraem, esquecendo a sede e frequentemente precisam de ajuda dos adultos para beber água”, diz a otorrinolaringologista.

Sem perspectivas de mudanças climáticas, Sílvia Bona orienta a adoção de algumas medidas que ajudam a amenizar o tempo seco. Evitar exposição solar intensa, ingerir líquidos em abundancia e preferir refeições leves, especialmente à base de alimentos ricos em líquidos, tais como frutas e sucos, são algumas dicas. “O chá, o refrigerante, o café e as bebidas alcoólicas devem ser evitados, por serem diuréticos”, enfatiza Sílvia Bona.

O uso de umidificadores é indicado para amenizar a situação, mas a médica alerta que é preciso ter cuidado para usá-los em ambientes com acúmulo de tecidos ou papéis. “Nesses materiais, os umidificadores podem favorecer o aparecimento de ácaros e fungos”, lembra Sílvia, orientando que, de um modo geral a população evite a exposição ao Sol e a prática de atividades físicas nos horários mais críticos, período que é entre 10h e 16h.

Outras orientações para diminuir os efeitos da baixa umidade:

– Beba mais água do que o normal, ou outros líquidos não alcoólicos;

– Molhe a boca e narinas com água, várias vezes durante o dia (a parte interna das narinas pode ficar muito ressecada e o esforço de assoar o nariz pode causar o rompimento dos delicados vasos sanguíneos, o que gera sangramento);

– Atenção com os olhos porque também tendem a ficar ressecados. Molhe-os com água ou use colírios adequados;

– Atenção especial com as crianças e pessoas idosas, não apenas com a situação de ar muito seco, mas com o calor e o Sol em excesso;

– O uso de aparelhos umidificadores dentro de casa também aumenta os níveis de umidade no ambiente, deixando-os em padrões confortáveis para a saúde humana;

– Panos molhados nos cantos do ambiente interno ou bacias com água ajudam a aumentar a umidade do ar;

– O uso de cremes hidratantes no corpo ajuda a renovar a umidade da pele que também tende a ficar ressecada na situação de índices de umidade do ar muito baixos.